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Mostrando postagens de novembro, 2013

ÒSÙMÀRÈ - GBÈSÉN

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ÒSÙMÀRÈ - GBÈSÉN Alguns orixás cultuados na nação Ketú são de outras origens e devido as migrações e a união dos povos no Brasil, nossa nação adotou o culto de alguns voduns de origem Djedje. O orixá Oxumarê é a representação do Vodun Dan na nossa nação Ketú. Como já disse na postagem anterior, vodun não tem qualidades, mas quando Dan passou a ser Oxumarê no candomblé de Ketú ele tem qualidades.  Para a formação de Oxumarê, o vodun Dan se desmembra em mais dois voduns, que no candomblé de Djedje são pessoas diferentes, mas pra nós são qualidades de Oxumarê. Em Ketú temos: Vodun Dan = Oxumarê, que se desmembra em Gbèsén se apresentando como homem e Frekwen quando se apresenta como mulher.  Gbèsén -  Seu nome significa “adorar a vida”, é o Ako Vodun (Vodun Principal) do povo Jeje Mahi, dono do Sejá Hunde. É o Vodun ligado a vida e a renovação. Vodun da riqueza, ascende os céus em forma de arco-iris e semeia as chuvas.  Marido de Frekwen, é sempre saudado junto a sua esposa

Obà - Guerreira do Amor

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Obà - Guerreira do Amor Divindade feminina, do rio Obà, uma das esposas de Sàngó e de Ògún, que lidera a Egbé Elékò (Sociedade composta apenas por mulheres guerreiras – amazonas), cultuada para que não haja desentendimentos no casamento. Misteriosa porém com muitos trejeitos masculinos. Em batalha, luta de igual para igual com qualquer um que se atreva a afrontá-la.  Obà escolheu a guerra como prazer nesta vida, enfrentava qualquer situação e assim procedeu com quase todos os orixás, vencida apenas por Ògún quando o mesmo trapaceou na batalha. Embora seja velha e desajeitada, assim como sem charme, é vigorosa, corajosa e leal. Não é raro encontrar uma filha de Obà. Sendo que muitas casas por medo as iniciam para Òsún ou Oya. Elas são valentes e guerreiras. Sabem o que querem e vão até o fim. São possessivas, amorosas e ao mesmo tempo tem dificuldades para serem gentis, são duronas e inflexíveis. Enquanto Iyemanja é a superfície dos rios e Òsún o fundo das águas, Obà esta representa

6+5=12 A prosperidade no candomblé.

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6+5=12 A prosperidade no candomblé Para quem tem como prática religiosa o culto aos orixás, o dia 6 do mês 6 foi, e continuará sendo, de extrema importância. Afinal, no profundo sistema numérico do jogo de búzios, o número 6 foi o responsável por trazer a prosperidade para a Terra. Para o povo africano, de quem herdamos uma boa parcela de nossa filosofia de vida, ser próspero é uma obrigação. Por isso, nessa data, o “povo de santo” fica todo ouriçado: põe suas melhores joias, sai para fazer compras e faz oferendas. Tudo para atrair prosperidade. O alcance dessa graça é um dos maiores desejos do ser humano. Mas quem é essa tão desejada prosperidade?… Diferente do que normalmente se costuma pensar, a filosofia yorubá não relaciona prosperidade, apenas, a dinheiro. A referida palavra quer indicar uma reunião de circunstâncias que precisam ser buscadas, para que se vá alcançando, continuamente, um estado mais elevado do ser, em seus diferentes aspectos: físico, emocional, social, espir

Encruzilhada - O palco da vida

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Encruzilhada - O palco da vida Quando se fala em encruzilhada, imediatamente surge na cabeça dos brasileiros a ideia de Exu e de “bozó”, nome pelo qual o povo gosta de designar as oferendas que o povo de candomblé faz fora do terreiro-templo. Claro que a referida divindade está, sim, ligada aos entrecruzamentos de caminhos. Mas o simbolismo da encruzilhada e, consequentemente, da cruz está presente em muitas religiões, sendo, assim, universal. O catolicismo soube enaltecer e ao mesmo tempo popularizar a imagem da cruz, mostrando Jesus sacrificando-se pela humanidade, momento em que ultrapassou seu estágio humano. A cruz, com seus quatro “braços” que apontam para os quatro pontos cardeais, é símbolo de orientação no espaço, para que a jornada humana não seja perdida. A encruzilhada, portanto, é um lugar de pausa, um momento parado no tempo, que leva à mudança de um estágio a outro ou, simplesmente, de uma situação a outra. Quando, portanto, oferendas nas encruzilhadas são depositadas,

Obatalá - Oxaguiã

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Obatalá - Oxaguiã Oxaguiã é um orixá guerreiro. Sua maior luta é pela perfeição: de si mesmo, dos outros e das coisas. Odeia a preguiça, que ele considera o inimigo número um da perfeição. Da união de Oxaguiã com Iyemanjá, nasceu Ogum, orixá guerreiro como o pai. Ogum guerreia para destruir o que precisa ser renovado, enquanto Oxaguiã luta para construir o que foi destruído. Neste vai e vem de batalhas, Oxaguiã foi um dia à cidade de Ogum para buscar munição e encontrou o povo em festa. A comemoração era pelo término da construção do novo palácio do rei Ogum. Tudo parecia perfeito. Não para Oxaguiã! Ele bateu sua poderosa espada no palácio, que ruiu imediatamente. O povo ficou irado! “Tanto trabalho jogado fora, por um capricho de Oxaguiã”. O pai de Ogum então falou: “O rei de vocês está em guerra e não voltará tão cedo. Por que entregar este palácio para ele, quando um muito melhor pode ser construído?”. Passado um tempo, Oxaguiã retornou à cidade e encontrou o palácio reconstruíd

Cosmogonia Iorubá

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Cosmogonia Iorubá Este escrito, assim como alguns que se seguirão a ele, visa levar ao conhecimento dos leitores o “corpo religioso” em que se fundamenta o candomblé: sua cosmogonia, dogmas, liturgia e rituais. O artigo de hoje fala sobre cosmogonia, que é a explicação que as religiões, culturas e até mesmo a ciência – teoria do “Big Bang” – dão para esclarecer a origem do universo. A intenção é diminuir os conceitos preconcebidos de maneira errada que alguns têm sobre essa religião iniciatória. Ela é misteriosa, sim! Não porque a base em que se sustenta não possa ser transmitida, mas pelo fato de seus adeptos serem iniciados e por isto mesmo vivenciarem uma experiência com o sagrado que é individual, portanto, difícil, ou melhor, impossível de ser transmitida. Aqui será relatada uma parte da cosmogonia do candomblé, que conta a seguinte história mítica para demonstrar como a Terra foi criada: “No Orum, Oduduwa unida a Oxalá formavam um só orixá – Obatalá –, símbolo do casal mítico p

Igi Ose - Baobá

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Igi Ose - Baobá A arvore Ose (Baobá) É também sua Representação e seu Arbusto de Culto, pois a Grandiosidade do Baobá  sua Altura, sua magnitude, a idade de até 6000 Anos que pode Viver, sua solidez faz dela a Árvore escolhida por Oloke para seu Culto. No Brasil , o Baobá, foi substituído pela castanheira do Pará, substituição feita pelo povo jeje-nagô que aqui chegaram, todavia, depois de alguns anos, o Baobá conseguiu se estabelecer em Solo Brasileiro logo pelo fato de a Castanha do Pará ser titulada como a substituta, hoje ambas são consideradas sagradas. Na Africa, é dedicado a todos os Orixás, sendo que as folhas são utilizadas na iniciação e para proteção dos iniciados, dai conhecido como Igbéèlùjù (Cita Verger). Em algumas regiões, costuma-se sepultar os cadáveres embalsamados de ancestrais (Artistas, músicos e poetas) no interior dos troncos, onde transformam-se, segundo a crença local, em Múmias. No Brasil, a Castanheira do Pará, classificada como Bertholletia Nobillis Miers,

Airá - Os ventos de Savé

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Airá - Os ventos de Savé Airá é um Deus relacionado a família do raio mas também é relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como Redemoinho, vale lembrar que o redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então deve ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Seu culto é proveniente da região de Savé e Savalu que faz parte do território Jejê. Mais seu culto não foi reconhecido em suas terras, mais tarde Xangô Sr, Rei de Oyo grande conquistador de terras ofereceu reconhecimento de seu culto em troca ele daria a chave do conhecimento do segredo de Savé, mas Xangô queria que ele fosse seu criado o mesmo não quis ser submisso a xangô, dai veio a sua iria porte sido enganado, Xangô procurou um adivinho (Ifá), o mesmo disse que ele teria que trazer o grande senhor funfun (Oxalá) só ele poderia acalma-lo, e assim foi feito. Airá não poderia mais voltar para sua terra natal, por ter traído todos da sua cidade revelando o s

Igí -Ìyeye ou Okinkan

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Igí -Ìyeye ou Okinkan Nomes populares: Cajazeira, Cajá-Mirim, Cajá miúdo, Cajá mimoso, cajá amarelo, Taperebá, Cajazeiro, Cajá do Sertão. Nome cientifico: Spondias Lutea L., Sinonímia: Spondias Monbin L.,Spondias Aurantica Schum, et Tronn., Spondias Brasiliensi MArt., Spondias Axillaris Roxb., Spondias graveolens Macf, Spondias Lucida Salisb., Spondias Myrobalanus L., Spondias Dubia Rich. Outros nomes em África: Èkikà, Òkikà, Ìyeyè, Olósan,Iléwò Olósán. Na África, a identificação cientifica do Cajazeiro se dá como Spondias Monbin L. Sua origem é da África qual se aclimatou com louvor no Brasil, mas especificamente no Norte e Nordeste do Pais. Utilizada em àgbo ìgbèrè (banhos compostos por diversos elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em iniciações) dos iniciados de Ògún. Árvore de força, local de morada de Ogún e de diversos voduns, é considerada um importante àtinsá vodun, chamada pelos Jeje akikon’tin. Aos seus pés são reverenciados os voduns

Òró Òyìnbó

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Òró Òyìnbó Nome Yorubá: Òró Òyìnbó Nome Popular: Mangueira Nome Cientifico: Mangifera Indica L., Mangifera altissima, Mangifera caesia, Mangifera camptosperma, Mangifera casturi, Mangifera domestica, Mangifera foetida, Mangifera indica - manga, Mangifera kemanga, Mangifera longipes, Mangifera macrocarpa, Mangifera odorata, Mangifera oppositifolia, Mangifera pajang, Mangifera pentandra, Mangifera persiciformis, Mangifera pinnata, Mangifera siamensis, Mangifera verticillata. Faz-se necessário explicar que devido a variedade de Mangueira existente, somente colocarei aqui a que é mais utilizada dentro do culto, uma vez que temos aproximadamente 18 tipos de Manga que não deixam de ser da Mangueira. A Mangueira, é uma folha masculina de Gún (excitação), de elemento Terra. É utilizada no chão do barracão nas sessões públicas, para que bloqueie quaisquer tipo de energia negativa provocada por pessoas más intencionadas. Usada em sacudimentos que acompanham ebós para melhorar a sor

Fava Sagrada - Aridan

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Fava Sagrada - Aridan Nome Yorubá: Áridon Nome Popular: Aridan. Nome Cientifico: Tetrapleura tetraptera (Schum & Thur.)Taub., Leguminosae. De origem Africana, no caso da Aridan não usamos as folhas e sim as sementes. Aridan é Gún (excitação), árvore masculina e de elemento Fogo. A fava de Aridan (Tetrapleura tetraptera) combinado com outras plantas psicoativas, como a Noz-Moscada, (Myristica fragrans), Dandá da Costa (Cyperus sp) Orogbo (Garcinia kola), Obi (Cola acuminata), reduzidas a pó é usado afastar maus fluidos, atrair forças benfeitoras. É utilizada no banho iniciático de todos os orixás. E nos assentamentos de orixá. Essa fava com aspecto inofensivo, tem poder de resguardas contra qualquer tipo de energia maligna ou diversas que tenha por objetivo prejudicar a casa e as pessoas que zelam pelo objetos sagrados. Com vasto emprego no ritual tanto iyoruba, quando no Candomblé brasileiro pode ser utilizado em trabalhos benéficos para combater bruxarias pratica